Ano: 2012
De quem: Luiz Felipe Pondé
Eu não tinha nada contra o autor, mas, depois de ler este livro, não ser (nem parecer) com ele se tornou uma das minhas metas principais de vida.
Falando desse jeito, dou a entender que é um livro ruim. Aqui está minha ressalva: não é. Não somente. É um livro que precisa ser lido com cuidado, analisado pelas entrelinhas e estudado com coerência, para não se deixar cair nos argumentos muito bem estruturados, mas completamente preconceituosos dentro de suas tentativas de corretices (de correto rs).
Narrado sob uma perspectiva um tanto quanto prepotente, os ensaios são carregados de uma suposta ironia que demonstra, a cada página, que o Luiz Felipe Pondé está na mesma categoria das pessoas que se julgam muito inteligentes/cultas/bonitas para se misturarem com o resto da sociedade. Recheado de verdades inventadas pelo autor, o Guia Politicamente Incorreto da Filosofia traz uma porção de análises superficiais e parciais sobre O Sistema, A Sociedade e A Política.
Em suma, este é o lado do "largue o BBB e vá ler um livro!" das discussões do Twitter durante a estréia do reality show global. Ataques fervorosos e insanos às ideias machistas (de um jeito que qualquer feminista - sensata - sangraria pelos olhos ao ler) e com um politicamente correto tão insuportável que eu precisei pausar a leitura e me perguntar até onde aquilo era ironia e até onde iria o pensamento vazio e tão redondo [oposto dos conservadores quadrados... rs] que deveria ser empurrado da beira d'um abismo do sr. Pondé.
Durante esta semana (hoje é 10/02/2014) aconteceu o seguinte episódio no Facebook: uma mulher, que se julga de alta classe, postou uma foto de um cidadão de regata e bermuda em um aeroporto. A legenda da foto era "Rodoviária ou aeroporto?" e a mesma foi comentada por pessoas tão pequenas quanto, que diziam como o "glamour de voar" havia sido perdido com a "invasão da favela" nos aeroportos. O moço em questão é um advogado muito bem conceituado e remunerado, que lamentou publicamente a burrice da mulher, mas isto não vem ao caso.
A questão é: Pondé diz o seguinte (isso é uma transcrição do livro): "Estou voando, na classe executiva, não suportaria estar numa classe econômica, um galinheiro de gente. Costumo dizer que os aeroportos e os aviões, além de todos os lugares do mundo, viraram um grande churrasco na laje."
Isso é ironia? Eu acho que não. Prepotência, arrogância, nariz-empinadismo e muita, mas muita babaquice? Encaixa melhor.
Quando postei este trecho no Instagram, disse que preferia não ter lido. É mentira. Que bom que eu li. Agora não perderei tempo discutindo qualquer coisa com qualquer pessoa que compactue com as ideias desse cara.
No fim das contas, o livro não é de todo ruim. Esta afirmação é realmente verdadeira:
Só acho que o autor deveria estudar melhor quem são esses poucos: ele mesmo não está nesta lista.
Até a próxima! :-)
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